Eu deveria
ter feito o que aquela corrente amaldiçoada dizia se não repassasse, teria 15
anos de azar no amor, não era supersticiosa, mas só aquilo pra tanto azar. “Sua
chamada esta sendo encaminhada para caixa postal e está sujei...” Caixa
postal mais uma vez, droga! Meu sexto sentido não me falhava, eu sabia que ele
tava aprontando. Idiota! – que eu amo muito.
Era essa a
minha situação alguns meses atrás. Eu achei até graça relembrando desse dia que
fiquei até 5 da manhã tentando descobrir onde você tava. Lembrei da semana
passada que eu te vi – nossa como o mundo dar voltas. Eu me lembrei de quando
terminamos você disse “você vai precisar
de mim para ser feliz”. Nos primeiros dias eu sofri, e achei mesmo que precisava
de você, mas depois de algum tempo, mudei de opinião.
Não vim aqui
te humilhar e nem nada do tipo, eu só quero te dar uma resposta pra o que você
disse. Eu não vou dizer que cresci ou
mudei, ou talvez me curei. Por que
crescer? Ainda tem muita coisa, pra aprender e depois dizer que cresci. Mudar?
Eu ainda sou a mesma, apenas mais forte. Curar? De que? Nunca estive doente. Eu
apenas aprendi. Aprendi que a melhor derrota é o sucesso, aprendi que o ataque
pode ser uma boa defesa, mas mostrar-se superior é bem melhor. Eu aprendi.
Eu sorri mais
para os meus vizinhos, liguei para aquele cara do inglês, sai com minhas
amigas, eu aprendi a beber. Resumindo, agora aproveito a vida com moderação.
Eu aprendi a
sorrir mais, a ser discreta e objetiva, a ser mais mulher do que menina. A provocar
sem parecer uma atrevida, ignorar quem muito grita. Aprendi a se envolver sem
se entregar. E sabe o que eu mais
aprendi? A ser feliz, e o melhor que é sem você.