sexta-feira, 15 de junho de 2012

Eu aprendi acreditar no amor novamente

Capitulo 5



(Perguntas Sem Respostas)


A casa dele era cheia de quadros, com pinturas romanas, do século XX, não havia muita coisa, e as coisas que havia, maioria estava em caixas, mas a ja havia muitas coisas em seus lugares. Havia plantas, quadros, sofas, cortinas, tudo com muita personalidade, fiquei impressionada. A casa era de dois andares, pequena mas espaçosa para apenas uma pessoa, por que ele não escolheu uma casa menor? Essa dúvida me corroeu. As cores eram nude e branca, o piso de madeira, e a escada de marmoré.

- vamos para a cozinha – ele me assustou, interrompendo meus pensamentos, agora mais assustada por que ele estava bem perto de mim, como nunca tinha ficado seus olhos, sua boca, eu tinha certeza que eu teria o beijado se meu livro não tivesse caído. Subitamente nos afastamos – lendo Shakespeare? Qual romance?

- Romeu & Julieta, o Clássico. – sorri, ele me levou até a cozinha.

- então gosta de romances? – me olhou enquanto sentava na cadeira do balcão. Ele começou a revirar o seu armario.

- gosto dos clássicos, mas apenas dos bons.

- já leu Lengo? – clássico de romance do século XX.

- Sim, em quinze dias.

- perdeu! Eu li em 10 – ele riu, enquanto eu revirava os olhos, meu instinto competidor não era tão alto assim, muito menos meu ego.

Naquele espaço de tempo comemos o "jantar" que ele fez e conversamos sobre tudo, de religião até quais eram as melhores bandas dos anos 80, rimos, e chegou à hora de que não tínhamos mais assuntos – só o do coração.

Ele me perguntou, meio sem jeito, eu expliquei a história para ele.

- então não acredita mais no amor? – falou olhando para a TV.

- basicamente – também olhei para a TV, estava naqueles programas culinários estranhos. – apenas dei um tempo no coração, até ele merece descanso ás vezes

- você tem razão Mabi – ele desviou o olhar da TV que posou sobre mim.

- e você? Nunca teve namorada? Desculpa, não precisa responder se não quiser – ele olhou como se estivesse olhando para o além, eu o vi viajar no tempo, de repente ele sorriu maliciosamente e quando ia responder meu telefone tocou, era minha mãe, falei rápido com ela, e logo desliguei.

- ela disse que está no supermercado da esquina, deve estar chegando, acho melhor ir para casa.

- tudo bem, foi boa a nossa noite Mabi. Tchau!

- obrigada, tchau Neto! – fui para casa sem minha resposta.

-

- todo mundo viu você com o Neto mais cedo. – ela mal esperou eu atender.

- ah, oi? Tudo bem? Eu estou ótima, obrigada por perguntar e você? – falei ironicamente.

- eu estou curiosa, dar pra me dizer o que foi aquilo Mabi?

- nada.

- peixe! – ela Rebateu. Sabia como deixar minha bff curiosa e furiosa – Me diz, foi pra onde depois?

- você ganhou! Fui pra casa dele, a minha mãe não tava em casa – falei, com um sorriso – conversamos, rimos, descobri que ele cozinha bem, adora ler, a gente quase se beijou, ele é organizado, adora Leonardo Da Vinci, odeia cigarro e beber, adora Legião, Cazuza, Raul Seixas e os Guns.

- se beijaram? – ela fez um escândalo e parecia que só tinha ouvido essa parte.

- eu disse quase – eu acalmei-a.

- perfeito pra você, resumindo.

- não, só amizade. – tentei disfarçar.

- sei só não se machuca, ta? – ela falou como se fosse minha mãe e eu tivesse quatro aninhos.

- claro mamãe. – impliquei.

- filha, desliga esse telefone– gritou minha mãe.

- ta mãe!

- Isa, até amanhã, beijo.

- até amiga apaixonada.

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