sexta-feira, 8 de junho de 2012

Eu aprendi acreditar no amor novamente


CAPITULO 4

 

(Carona)                                                                                                                           

- Eu não acredito ! – Isa gritou comigo – você ainda conversa com esse idiota? Por que você deu bola para ele? Amiga, o Lupe é um idiota, esquece ele!
- só foi uma conversa Isa, para de coisa!
- ok, e o Neto? Tem andado falando com ele demais. Puxando o saco do estagiário, Mabi?
- eu não faço isso, eu só gosto do jeito dele, mas o olhar dele, eu não consigo encará-lo. – eu me lembrei da semana que havia passado cm ele, hoje já era quinta. Sei lá, ele não era um tosco, mas era um ótimo conselheiro, não que havia falado dos meus problemas para ele, mas pela as coisas que falava.
- o Neto é gato – fato – as professoras deliram com ele, mas dizem que ele é o maior galinha, que ele era estagiário de outra escola, mas acabou ficando cm duas garotas, ao mesmo tempo. – fiquei pasma, fiquei imaginando ele, aquele rosto suave com tamanha cafajestagem. – Tá, você já pode aterrissar.
- Rum. Vamos para a escola, é melhor.
-
A aula de literatura seria a próxima, fiquei pensando, do mesmo jeito não tenho nada haver com isso. Eu estava fechada para qualquer relacionamento, e também eu tava vendo cabelo em ovo, ele era apenas simpático comigo.
A aula foi ótima, mas eu não parava de pensar quando olhava para ele. Seus olhos tinham um enigma, eu o fitava cm uma dúvida, como? Por quê? A aula acabou e eu fui saindo, ele me segurou, delicadamente, pelo braço e eu me arrepiei – não pense besteira, ele era frio, lembra? - eu fiquei de frente com ele, ele era alto o bastante para me fazer recuar um passo e inclinar a cabeça, e para – tentar – encará-lo.
- você esta bem? Você andou meio distraída durante a aula, aconteceu algo? – sua boca era rosinha.
- ah não, só uma dor de cabeça – eu mentia tão bem – eu vou para casa.
- eu levo você – ele mostrou a chave do carro.
- não precisa – não acredito que aquilo estava acontecendo, um frio na minha barriga começou.
- não aceito não como resposta, você mora perto da minha casa, ao lado dizendo melhor. – ele sorriu, e suas covinhas apareceram.
- tudo bem – ele mora do lado da minha casa? Como não percebi isso. Ainda estava lá quando ele parou na porta e virou-se.
- vamos Mabi?
-
Dobramos na esquina da minha casa, e ele parou em frente a minha casa.
- pronto entregue – eu ainda observava o carro dele, um strada preto, com alguns CDs da minha banda favorita, Legião Urbana. Estávamos ouvindo “teatro de vampiro”.
Olhei para minha casa, e vi que não tinha ninguém.
- acho que não tem ninguém – peguei o celular enquanto meu livro caia. Liguei para minha mãe – alo? Mãe? Ta em casa? Estou com o professor Neto – desliguei o celular – ela foi para Neblin, ela chegará aqui ás 23 horas – Neblin era uma cidadezinha a 7 km da ali. Ele ainda estava cm o meu livro foliando, ele havia perdido a página que parei.
- ok, então, venha para minha casa – ta então, já chega disso né? Parecia que havia sido escrito.
- vou trocar de roupa. – disse meio sem acreditar no que estava acontecendo.
- eu espero – disse saindo do carro.
- vai demorar – sorri ironicamente.
- tempo é meu melhor amigo.


CAPITULO 3

 

(coincidência)

Segunda, como o fim de semana passou correndo, eu já havia até chegado à escola.
Encontrei com Isa, como ela era um ano mais velha, ela foi para o primeiro ano, e eu para a minha domada oitava serie. Fui para o meu lugar, mas havia uma bolsa lá. Eu tirei a bolsa e coloquei na mesa ao lado.
Fiquei tirando o esmalte da unha, até que ouvi duas pessoas vindas em minha direção, o diretor, e ele, o cara que derrubou suco em mim, ele? Como? Eu o fitei, ele com certeza não havia reconhecido-me, pois nem me olhou. Ele pegou a bolsa e sentou-se à carteira do professor, mexeu no computador, levantou – eu ainda estava pasma, sentada, franzi a testa.
- você é o professor?  - franzi o cenho e examinando-o ele tinha olhos claros cor de mel, cabelos andu lados preto-escuro, bagunçado, alto, 1,80 eu acho, pardo, tinha a bochecha rosinha, ele tinha cílios grandes, sobrancelha arrumadinha.
- estagiário, espera, eu conheço você, a garota da camiseta do Mickey, certo? Desculpa, por aquele dia, eu era novo, e tava meio perdido.
 - é sou eu, sinta se desculpado – sai de mau humor.
Ele começou a aula, eu sempre o encarando, como podia ter e chamado de grossa? Aahgr idiota!
- Bom Tarde primeiro de tudo, meu nome é Neto, tenho 22 anos, e sou estagiário na matéria de literatura.
Viva! Temos um tosco na sala!
- no primeiro horário quero que façam duas cartas, a primeira é sobre algo que queiram muito relacionados ao amor, ou qualquer outro sentimento positivo, já a outra sobre o que pensam sobre amor - eu adorei a idéia, então comecei “Eu acho que tudo isso é culpa do mundo e suas ações, relacionamento virou status para rede social...”
-
Ao final da aula, eu fiquei sentada na cadeira fitando-o ainda, ele estava digitando umas coisas, como ele parecia cm Renato Russo, os óculos, o jeito atrapalhado, mas os olhos era algo desafiador. Ele parou e me olhou por algum tempo.
 - algum problema? – ele levantou a sobrancelha.
- aah, não, só observando sua semelhança com Renato Russo. – rebati, me aproximando dele.
- todo mundo diz isso. – ele sorriu como se fosse um elogio.
- hum, desculpa por aquele dia.
- tudo bem, pensando bem você não é grossa. – ele me olhou como se tivesse visto uma criança, eu odiava aquilo.
- ok, mas cuidado quando andar de bicicleta por ai.
- tudo bem, qual seu nome?
- Maria Gabriella, mas me chama de Mabii, é Ma de Maria cm Bi de Gabi. – sorri.
- então ta Mabi. – ele levantou-se. – eu preciso ir para a outra sala, foi bom ter te conhecido.
- ta então.  – sutilmente ele pegou minha mão e a beijou, ele era gelado e pálido, tinha mãos macias como de bebe, ele sorriu, abriu covinhas em seu rosto, tão suave e piscou. Antes que pudesse retribuir, ele foi embora, me deixou ali sem reação alguma.

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