Capitulo 7
(Neblin)
- não acredito que minha mãe deixou! – a
semana passou correndo e apesar de ser quinta ás seis horas da manhã, eu estava
sorridente. Já estávamos no carro a caminho de Neblin.
- é, nem eu – falou ironicamente. – vai me
mostrar tudo né minha guia turista?
- hahaha, claro, mas se nos se perdermos não
é minha culpa.
- então vamos deixar claro, se nos perdermos,
a culpa é da cidade por ser grande e complicada demais, ok?
- hahahahahaha, combinado. – meu celular
toca, de repente – deve ser minha mãe dizendo que esqueci algo.
- qualquer coisa a gente volta para pegar –
fofo ele.
Olhei o número, e logo reconheci, era o Lupe.
- oi Lupe – Neto mudou de expressão.
- iai Mabi? Como ta?
- ótima e você?
- estou indo.
- posso saber pra que ligou?
- pra chamar você pra sair amanhã, iai?
- não posso.
- por quê?
- eu estou viajando, não estou na cidade.
- ata, viajando com quem?
- com um amigo.
- ata seu novo namorado ou amigo? – a Ligação
caiu.
Sorri.
- já estamos chegando, faltam 1,5KM.
-
Chegamos. Neblin, a cidade perfeita, um clima
aconchegante. Fomos até ao Chalé que havíamos alugado – dois quartos, só pra
deixar bem claro.
- quer ir andar agora? Ou quer ficar aqui?
- tenho que fazer meu trabalho de
guia-turista, então vamos.
-
Passamos a tarde comprando livros. Neto não
deixava gastar com nada, sempre comprava para mim, ele não entendia o quanto eu
odiava aquilo. Já era 18h30min.
- quer sair para jantar ou pedir para cá
mesmo?
- você que sabe.
- está cansada?
- não muito. Por quê?
- então vamos, até já reservei.
Ele saiu para me vestir, eu tomei banho -
ainda estava de toalha quando abri minha mala - procurei um vestido azul-céu de
seda. Eu vesti, calcei minha sapatilha branca, passei um batom, lápis, coloquei
meu cordão do Mickey e fiz uma trança no cabelo.
Ele já estava pronto sentado no degrau, ele
estava com um all star, calça jeans e uma camiseta branca com uma blusa xadrez
verde por cima, o cabelo estava penteado. Se eu não o conhecesse, eu diria que
um anjo estar na minha porta, eu rir com meu pensamento, o que o fez me olhar.
- você estar tão bela. Vamos?
- obrigada. Vamos. – ele desceu pegou minha
mão para ajudar, abriu a porta do carro. Fomos ao restaurante.
-
Já estávamos no restaurante.
- você está magnífica.
- obrigada – corei. – este restaurante está
lindo.
- ah sim. Eu sei disso, é o melhor de Neblin.
- como sabe? Se não conhece Neblin.
- lembra quando você escreveu aquela carta?
No primeiro dia que dei aula na sua escola, você escreveu uma carta, e nela
dizia que este era o melhor restaurante. – eu achei fofo, mas sorri sutilmente.
- você tem razão.
- nesse fim de semana gostaria que você não
me visse como professor. – ele pegou minha mão e olhou nos meus olhos.
- então como? – estávamos nos encarando como
um casal.
Ele sorriu maliciosamente.
- você me entendeu.
- com licença.
Salva pelo garçom. Não é que eu queria me
entregar, mas o que Isa me disse há semanas atrás, não saia da minha cabeça.
-
- eureca! Mais uma! – O Jantar acabou.
Estávamos andando pela praia. Eu estava catando conchinhas, Neto devia estar me
achando uma boba. A noite estava fria, então acabei ganhando a sua blusa
xadrez.
- esta é linda – ele me entregou uma concha,
ela era com listras claras horizontais.
Ele me
puxou para perto e me beijou na testa. Era tão fofo, mas eu não podia me
entregar.
- olha, o céu está lindo.
- podemos sentar aqui, e admirar.
Ele tirou a camisa branca, um peitoral
incrível.
- sente aqui – eu sentei e ele me trouxe para
perto dele.
Estávamos olhando o mar – estava calmo – havia
uma brisa suave, e isso só me fazia tremer com o frio.
- esta noite estar perfeita. – eu olhei para
a Lua, ela estava bela.
- hoje é o primeiro?
- sim, primeiro lugar que é o melhor da minha
vida.
- isso é bom – eu o encarei e não resisti, eu
o beijei. Seu beijo era quente, dessa vez, doce e delicado.
- melhor do que seu beijo impossível.
Ele riu e corou, nos beijamos novamente.
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