sábado, 7 de julho de 2012

Eu aprendi acreditar no amor novamente

 CAPITULO 8 

 




 (IDIOTA, MIL VEZES IDIOTA)




Que não seja um sonho – pensei ao amanhecer logo após de acordar. Lembrei que aquela noite havia dormido na praia, mas não lembrei como havia chegado à minha cama.

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Escovei os dentes, tomei banho, vesti uma roupa, bati na porta do quarto de Neto, ele pediu para entrar.
- entrando – ele estava na mesa do café.
- pra você.
Havia um café da manhã incrível.

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Fomos ao centro andamos, rimos, fomos á orla. E já era noite, estava lendo um livro quando ele bateu na porta – eu tinha certeza que era ele.
- entra – disse ainda olhando para meu livro. Ele entrou com uma sunga branca e toalha na mão. Eu o olhei paralisadamente.
- vamos nadar? – ele ergueu a toalha.
- claro.
Ele saiu. Vesti meu biquíni e sai ele estava me esperando. Ele já havia mergulhado, estava parado olhando a Lua.
- a noite está linda.
- assim como você – ele se aproveitou, me puxou e me beijou.
Nadamos, brincamos, foi bom ter se lembrado de como se nada, mas como um professor daqueles, quem não se esquece. Ficamos até a noite e depois fomos para casa. Chegamos ao chalé – eu estava exausta. Ah, esqueci de falar, noite passada tive um pesadelo, contei para Neto e ele disse que ele iria dormir no meu quarto.

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Já era de manhã – acho que eram 10 horas – quando acordei. Neto estava em uma poltrona onde havia dormido me olhando, como se estivesse me estudando.
- bom dia, Bela adormecida. Tudo bem?
- bom dia,
- ótima e você? – levantei, rezando para meu cabelo não estar uma bagunça.
- Você está linda – ele riu do meu cabelo. Eu corei.

-

Esperamos pelo almoço, depois passamos a tarde conversando, e passeando. Era um pecado não poder me entregar aquele amor.
Ele me olhou por um bom tempo até perceber que ele me observava.
- você ainda acredita no amor não é?
- por que está dizendo isso?
- você não se entrega. Não quero parecer que estou forçando algo.
- eu sei disso. Você sabe que eu não me entrego fácil, estar sendo muito bom tudo isso, mas eu não acredito no primeiro “eu te amo”, eu preciso sentir que é verdadeiro.
- eu não disse isso, eu só disse que cada dia eu gosto mais de você.
- é eu sei, foi modo de falar.
- mesmo que eu pedisse para você, você não se entregaria, por que quem estaria dando a resposta seria sua cabeça e não seu coração.
- é não quero me magoar.
- eu não sou moleque.
Ele tinha razão, o moleque de quem Neto se se referiu foi Lupe.
Almoçamos. Eu me senti cansada e preferi ficar em casa. Neto foi sozinho até o centro, eu me senti triste pela aquela conversa, eu não tinha culpa. Ele chegou era 5 horas da tarde. Assistíamos TV e depois ele pediu uma pizza, dormimos cedo.

-

Era domingo, eu acordei cedo, e fui andar na praia, pensar em tudo. Foi rápida minha caminhada. Cheguei ao chalé e havia um café da manha.
- tudo bem?
- claro e com você?
- também – rebati.
- você foi caminhar?
- sim, como sabia?
- eu não sabia.
- hmm, se fosse minha mãe já tinha me ligado, e tinha feito um escândalo. – ele parou me olhou, franziu o cenho.
- eu não sou sua mãe Mabi. E se você tivesse ido embora, eu saberia.
Senti aquilo como uma indireta. Calei-me e quis tomar café da manhã em outro lugar. Ele saiu do chalé e eu fiquei ali – com um peso na consciência –, sem reação alguma, eu poderia ter ido atrás dele, mas falar o que? “desculpa-me por não poder te amar?” eu achei melhor ficar ali mesmo, eu não tinha culpa. Não mesmo.
Terminei meu café, lavei a louça e fui para a praia. Estava lotada, eu sentei em uma pedra grande, fiquei algumas horas por lá. De óculos, bermuda, e all star, estava eu. Curtindo a paisagem ao longe vejo uma figura familiar, era ele, Lupe. Estava sozinho, na carroceria de seu carro. Ele me avistou e veio até a mim.
- oi?
- oi, tudo bem?
- tudo e com você?
- também.
- você estar com seu namorado?
- o nome dele é Neto e você não tem nada haver com minha vida.
Ele fez uma pausa, eu sei isso doeu, percebi que fui grossa.
- eu ainda amo você!
Eu senti nojo dele, e rebati.
- parabéns!
- porque?
- estar fazendo uma ótima interpretação. – sai dali.
Cheguei ao chalé, e Neto estava lá, tomei um susto, e resolvi pedir desculpas.
- me desculpa?
- você não tem culpa.
- eu sei.
- então? Mas estar desculpada, agora vem aqui.
Ele me puxou para perto e me beijou, eu me senti desculpada.
- quer fazer o que? Amanhã a gente vai embora.
- sei lá, qualquer coisa para não se esquecer desse fim de semana.
- então ta, coloca uma roupa vou te levar ao um lugar magnífico.

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