terça-feira, 9 de outubro de 2012

Minha Felicidade Não Depende De Você


  

     Eu deveria ter feito o que aquela corrente amaldiçoada dizia se não repassasse, teria 15 anos de azar no amor, não era supersticiosa, mas só aquilo pra tanto azar.  “Sua chamada esta sendo encaminhada para caixa postal e está sujei...” Caixa postal mais uma vez, droga! Meu sexto sentido não me falhava, eu sabia que ele tava aprontando. Idiota! – que eu amo muito.
Era essa a minha situação alguns meses atrás. Eu achei até graça relembrando desse dia que fiquei até 5 da manhã tentando descobrir onde você tava. Lembrei da semana passada que eu te vi – nossa como o mundo dar voltas. Eu me lembrei de quando terminamos você disse “você vai precisar de mim para ser feliz”. Nos primeiros dias eu sofri, e achei mesmo que precisava de você, mas depois de algum tempo, mudei de opinião.
Não vim aqui te humilhar e nem nada do tipo, eu só quero te dar uma resposta pra o que você disse.  Eu não vou dizer que cresci ou mudei, ou talvez me curei.  Por que crescer? Ainda tem muita coisa, pra aprender e depois dizer que cresci. Mudar? Eu ainda sou a mesma, apenas mais forte. Curar? De que? Nunca estive doente. Eu apenas aprendi. Aprendi que a melhor derrota é o sucesso, aprendi que o ataque pode ser uma boa defesa, mas mostrar-se superior é bem melhor. Eu aprendi.
Eu sorri mais para os meus vizinhos, liguei para aquele cara do inglês, sai com minhas amigas, eu aprendi a beber. Resumindo, agora aproveito a vida com moderação.
Eu aprendi a sorrir mais, a ser discreta e objetiva, a ser mais mulher do que menina. A provocar sem parecer uma atrevida, ignorar quem muito grita. Aprendi a se envolver sem se entregar. E sabe o que eu mais aprendi? A ser feliz, e o melhor que é sem você.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

MAIS AMOR PRÓPRIO POR FAVOR, (:


       


“Eu to me entregando a nos dois, tenho certeza que a gente pode dar certo, e eu já gosto tanto de ti garota, tenho certeza que você também gosta. Então não nega o sentimento, se entrega pra mim...”
Bom, meu nome é Stephanye, mas todo mundo me chama de Tefy, isso ai em cima, foi um torpedo que recebi de um carinha, mas antes de tudo quero dizer que: um conto de fadas só existe se você tiver os pés no chão.
      As pessoas dizem que pra viver um amor de verdade é preciso dar tudo de si, se entregar por inteiro, mas as pessoas também andam dizendo por ai hoje em dia que o amor é uma perca de tempo e nega-se a viver qualquer experiência relacionada a esse sentimento. Em minha opinião as duas teorias estão erradas se você está amando alguém, aprenda a si amar primeiro. Aprenda a ter um relacionamento em que o foco é único e exclusivamente o amor.
              Não deixe o orgulho tomar conta do SEU sentimento não deixe de mandar um torpedo de madrugada pra que ele se sinta amado também. Pare de querer dar significado ao que você sente, apenas sinta!Não deixe que o carinha te diga o que fazer o que vestir como sorrir ou até mesmo como falar. Mude por ele se você amá-lo, mas não mude a sua essência, não mude o seu caráter, não tente esconder a sua história, nem sua vida.
             Para amar alguém você precisa se amar primeiro, ter os pés no chão, agir com cautela e cuidado.Seja individual, seja sexy pra você mesma, se sinta bem consigo mesmo, se vista bem, olhe-se no espelho e diga pra si mesma que você é linda, gostosa... Arrase por amor a si mesmo, tenha mais amor próprio. Não é por que você recebeu um torpedo de um carinha que tá afim, que vai morrer de amores, a vida não é só isso. Seja mais sensual para si mesma. Eu sei que às vezes é meio complicado, mas com um pouco de amor próprio ao que você é, isso ajuda bastante quando ele não responder á sua mensagem.
          Tenha os pés no chão, seja realista, não viva em função dele. Não se entregue a ele, por que ele pediu, deixe ele provar com o tempo. Talvez o amor exija menos entrega e mais amor próprio. Apenas não confunda amor próprio com orgulho. Reveja seus conceitos, garota. Assim você vai viver um conto de fadas – e não uma estória de terror – por que cá entre nós, amar a si mesma é, mas importante do que amar o príncipe.


por: Stephanie B. Andrade 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eu aprendi acreditar no amor novamente

Capitulo 15 (último capitulo)

 

 (Eu sei, eu sinto, você ainda está aqui)


Eu já tinha 19 anos. Um dia recebi uma ligação da mãe de Neto, pedindo para eu ir á sua casa. Minutos depois eu estava lá.
- oi querida, como passa?
- eu estou... – suspirei e soltei o ar pela boca.
- entendo – ela me olhou com pena – eu estou bem, já meu marido, ainda não superou, mas enfim, esses dias eu estava arrumando o quarto de Renato e achei isto.
Eram umas cartas, um pacote e um caderno.
- são cartas? – ela me entregou tudo.
- é, lembra-se do dia, que você foi a sua casa pegar uma roupa e eu fiquei no hospital com Neto. Ele escreveu uma carta e pediu para lhe entregar, após sua morte, como eu tinha a esperança de sua cura, guardei-as no quarto dele e esqueci. Agora eu a encontre.
- eu posso ir ao lago?
- sinta-se em casa.
Cheguei ao lago entrei na canoa e comecei a ler as cartas.
“Oi meu amor, essa hora eu não estou mais com você fisicamente, mas estou ao seu lado, eu sei que você pode sentir a minha presença. Eu vou te contar uma historia sobre o meu amor por você. O meu amor por você não nasceu em Neblin, naquele fim de semana, mas muito antes. Quando você tinha uns 12 anos estava para completar 13 – veja as fotos...”- havia fotos dentro do pacote, e sim, era eu. Eu estava perplexa. “... Eu vi você e me apaixonei por você. Você sempre foi linda, o seu sorriso, seu cheiro, seu jeito atrapalhada e nervosa. No tempo eu estudava na mesma escola que você, um ano depois eu acabei os estudos, engressei – você tinha 13 anos e eu 20 para completar 21 ao mesmo período descobri a minha doença, o médico disse, que eu teria apenas um ano e meio de vida, ele disse que eu deveria correr atrás dos meus sonhos e fazer tudo que eu sempre quis. Eu fiquei pensando por uma semana, e decidi te ter. Pra isso descobri onde você morava, mas tive uma enorme decepção, tive vontade de desistir de tudo, mas segui em frente, pois você estava namorando com o Luís Felipe. Desculpe pela camiseta do Mickey, todos os vestidos que te dei foi para pagar a camiseta, eu sei o quanto ela era importante para você. Eu sofri quando você disse que não acreditava no amor, espero ter feito você acreditar. Todos os nossos momentos foram ótimos, obrigada, obrigada mesmo. Agora sabe por que lá no cinema eu te pedi para ficar comigo até os últimos dias de minha vida? Pois eu já sabia da doença. Eu amo você. Eu queria pedir um favor, quando terminar de ler essa carta, vá a Neblin, lembra da tarde que eu perguntei por que não se entregava, e depois sai? Vai saber onde eu estive, vá à joalheria Lembrança, ai em baixo tem o endereço. O dia em que passei no lago com você, foi um dia feliz. Desculpe feito você se apaixonar por mim, te magoar nunca foi a minha intenção, não chore. Peço a você que quando se sentir sozinha, leia esta carta, também pode olhar pro céu, sendo noite ou dia, o sol será meu corpo te aquecendo, o vento e a chuva o meu cheiro, a brisa o meu sorriso para você, então saberá quando eu estiver perto de você. Obrigada por ter ficado comigo. Amo você pra sempre e vai ser pra sempre, até o fim, enquanto minha alma viver, aqui ou onde eu estiver o nosso amor vai ser belo e infinito.
Neto, com amor”
Eu chorei bastante, sai da ali, e fui para Neblin, na joalheria, falei com o moço e ele me deu uma aliança com uma carta.
 “Eu sei que você iria vir, quer se casar comigo?”. Coloquei a aliança no dedo e comecei a ler novamente. “Desculpe não estar ai para colocar a aliança em seu dedo e nem fazer a cerimônia que você merece – com amor Renato, ou Neto como preferir”
Semanas depois daquela tarde, fui ao seu túmulo – primeira vez que tive coragem, após sua morte. Limpei sua foto, e no tumulo havia escrito “Aqui jaz Renato Manfredini Neto, que espera ter feito-a acreditar no amor novamente”
Eu chorei, não havia chorado quando o pedir, mas agora, com a dor no peito eu pude sentir. Eu o quis com toda a força do mundo ter ele aqui comigo. Eu me lembrei de tudo, peguei seu diário que sempre andava comigo e comecei ler, ali mesmo, ao lado de seu túmulo, “15 de Junho _ hoje ela iniciou um blog...”, peguei outro diário “21 de Janeiro _ Hoje ela começou a namorar com um garoto...”, "07 de Junho_ Hoje eu esbarrei com ela...”, virei mais outras paginas 09 de Junho “hoje eu dei aula para ela...” e ao lado tinha a minha carta do primeiro dia que ele deu aula na minha ex-classe, eu a li e vi que nela tinha escrito tudo que ele havia feito comigo, o passeio a Neblin, o cinema, o lago, as músicas, os vestidos, a festa de 15 anos. Eu sentia no peito uma dor enorme, e de repente bateu um vento forte, que enxugaram minhas lagrimas, e eu podia jurar que fosse o meu amor.
-
Passou se um ano, eu não esqueci Neto, entrei para a faculdade, fiz Literatura, dois anos depois adotei uma garotinha, Neto sempre quis uma garota, e que o nome dela fosse Dulce. Após vinte anos eu disse a história minha e de Neto, ela chorou, e me disse que eu fui uma guerreira do amor. Eu nunca me casei, eu já estava casada. E essa foi minha vida. Eu nunca perdi o amor de minha vida, Neto sempre esteve por perto. Eu visitei o lago outras vezes, comprei a casa – ao lado da casa de meus pais – onde ele morava. Lupe? Nunca mais ouvi falar dele. Dulce casou-se a três meses, linda.
Fomos um casal, mesmo de longe, estava presente. Nunca deixei de ler a carta, nunca me senti sozinha, precisei olhar pro céu varias noites, de dia o sol me aqueceu, o vento e a chuva sempre fizeram questão de lembrar como o teu cheiro é bom, a brisa me lembrou o teu sorriso, as tuas covinhas. Eu sei, eu sinto, você ainda está aqui.
Mas de tudo isso, eu só queria dizer “obrigada, pois eu aprendi acreditar no amor novamente”.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Eu aprendi acreditar no amor novamente

CAPITULO 14 

 

( Meu Mundo Se Foi)



Havia se passado meses, e Neto só piorava. Havia ido ao médico algumas vezes, e ficado internado alguns dias, e depois voltava para casa. Era cansativo para nos dois, mas ele sempre estava feliz, eu não entendia o porquê, mas gostava daquilo. Ele havia me dado um cachorrinho – um labrador pena por que eu não tinha muito tempo para cuidar do pequenino – estava ocupada demais tentando salvar o amor da minha vida.
A cada dia eu me apaixonava mais ainda por Neto, tentava não pensar que iria perdê-lo como ele mesmo havia me pedido. Fazíamos programas, saímos para jantar, íamos para a orla, voltamos a Neblin, mas naquele dia estávamos próximo o lago de sua casa.
- o que mais não sei sobre você? – estávamos em um balanço de uma árvore olhando o mar.
- meus pais são donos do cinema de Neblin.
- então você conhece a cidade e me enganou? – ele riu, continuei seria.
- não amor, eu não conheço a cidade, eu juro – ele nem precisava jurar, eu acreditava nele só pelo seu olhar.
- o que mais?
- acho que só – rimos. – posso te pedir uma coisa? – confirmei com a cabeça. Ficamos em silêncio por alguns longos segundos.
- quando eu for embora – ele falou com uma voz tremula olhando fixamente para o lago – quero que você continue sua vida, e finja que isso foi só uma fase, sabe? Eu quero que se apaixone por outra pessoa, se case, construa uma vida – eu examinei seu rosto, esperando que fosse uma brincadeira aquilo.
- não, nunca! – dei de ombros.
- eu quero.
- não me peça isso. Por favor!
- você consegue.
- nem por um milhão de anos.
- eu quero também que quando eu for embora – ele não pronunciava a palavra “morrer” ou “falecer”, pois sabia o quanto era difícil para ambos – não tentem me reanimar.
- isso é um absurdo Renato – fiz uma pausa – não posso te perder.
- amo você! – ele colocou sua mão gelada em meu rosto e eu beijei sua palma.
- eu também te amo.
 - eu trouxe o violão, vamos tocar a nossa música para a tristeza ir embora– era a música mais “Para lamas do Sucesso / aonde quer que eu vá”
Algumas semanas depois Neto foi internado e eu passei – praticamente – morar no hospital. Ele por sua vez, perdeu um quarto de seu peso, estava cada vez mais pálido e agora apenas dormia, cada vez aumentava a sua hora de sono, ele começou dormindo 3 horas, e hoje dorme metade do dia se deixar, ele quase não come, vive tossindo e fala pouco, e quando fala, fala com dificuldade.
- não queria que você me visse assim – tossia a cada 3 palavras.
- na saúde e na doença, lembra?
- lembro – ele riu, vi suas covinhas e tive a sensação de que seria a ultima vez.
- amo você, e pra sempre vou amar – beijei-o e abracei.
- eu também te amo, e vai ser pra sempre, até o fim, enquanto minha alma viver, aqui ou onde eu estiver o nosso amor vai ser algo belo e infinito. Você foi à pessoa que marcou na minha vida, que me ensinou a amar, que completa o meu sorriso. Você é linda Maria Gabriella, você é perfeita na medida certa para mim, preciso de você, Deus foi bondoso, casa comigo? Eu vou te amar de longe, aonde quer que eu vá, levo você no olhar, sua voz é a melhor melodia que já ouvi, foi bom enquanto durou, durou pouco, mas foi perfeito, obrigada, minha Mabi, obrigada minha mulher, vida. Você é uma princesa, uma rainha, se cuida, eu amo você e pra sempre vou te amar, por toda minha vida. – ele terminou com um beijo, esse foi longo, como de cinemas, logo depois ele me abraçou e senti uma lágrima, eu não podia apertá-lo, então fiz o máximo possível. Depois de alguns minutos não senti a mesma força, o ajeitei na cama, e beijei-o. Renato faleceu ali mesmo, em meus braços.
-
 O funeral aconteceu um tempo depois, resolvi ficar de longe, não tive coragem de me aproximar.
Eu não chorei, por nenhum dia, na verdade nos primeiros meses entrei em uma básica depressão.
Semanas, meses, anos passaram-se depois do funeral.

De Dentro Pra Fora