terça-feira, 5 de junho de 2012

Eu aprendi acreditar no amor novamente


CAPITULO 2 


(Fatos)

Naquele mesmo dia, Isa iria dormir na minha casa depois da aula – sempre fazíamos isso no primeiro ou último dia de aula, seja no começo ou meio do ano. Depois de jantarmos, fomos para o computador e começamos a conversar. Conversamos sobre tudo, as férias, o pequeno intercâmbio dela para a argentina, as novidades, olhamos fotos e até que chegou à hora de falar dele, do coração. Expliquei tudo para ela. Como imaginava, ela me interrompia xingando ele com nomes na língua dos vampiros – ela amava qualquer assunto sobre vampiros, ou mundo do além, eu não conseguia entender isso.
Ela disse que foi bom o que eu havia feito, eu disse que foi difícil, por que eu não a tinha por perto, ela pediu desculpas, e, continuamos.
- eu sei que você ainda gosta dele - disse ela, me encarando.
- claro que não, passou, eu sou uma nova pessoa – disse, tentando abrir um sorriso.
- é, mas não deixou de ser a minha amiga, que tem recaídas, eu sei disso, te conheço desde a 7ª serie – fato.
- eu sei Isa, mas estou tentando mudar, ser fria, assim como você.
- e ta sendo fácil?
- talvez – disse olhando pro computador.
- “talvez” é o que você diz para não tomar uma decisão errada. Você ainda gos...
- Chega! Acabou! Eu ainda gosto dele – eu a interrompi – mas agora eu sou fria, ele que sofra, eu já corri bastante atrás de quem sempre me ignorava.
- Você teve noticiais dele?
- não, também não quero saber, pouco me importa – mexi no celular, fingindo não me importar, mas acontece que aquele minuto queria estar com ele, briguei cm o meu coração.
Uma semana havia se passado, e eu não parava de pensar na minha conversa e de Isa. Eu dormi pensando nisso, e em tudo, mas deixa pra lá, essa hora ele deve ta muito longe da ali, em uma viagem com suas garotas para qualquer lugar.
-
Era manhã de sábado, amanheceu chovendo, a que ótimo, eu amo chuva e o frio. Minha mãe pediu para eu ir até a padaria e comprar o café da manhã, ótimo por que eu adorava caminhar, a chuva já havia parado e fazia sol, procurei meus fones e rumo á padaria.
Comprei tudo, voltando para casa eu ouvindo música – distraída –, um cara esbarra em mim e derruba todo o suco que eu segurava, na minha camiseta favorita - era do Mickey.
- Não olha por onde anda não? – furiosa.
- Desculpa, sou novo por aqui e ainda não me acostumei com as calçadas – ele começou a recolher minhas coisas, fiquei furiosa.
- Deixa isso! – peguei tudo, e fui embora.
 - Grossa! Eu pedi desculpas – a ele não havia dito aquilo.
- Tosco! Vai pedir pra sua avó! – sai, correndo, praticamente.

CAPITULO 1 

(Lembranças)

Eu não deveria voltar atrás, mas eu queria. Eu não devia chorar e muito menos passar horas e hora pensando em você. Fora todos os meus amigos e amigas (principalmente), apenas eu sabia que ele não valia o chiclete que mascava.As mensagens? 
Ah, as mensagens, eu tinha certeza que todas aquelas de “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”, não foram enviadas com o intuito e que eu respondesse, mas é que você manda para seus contatos (garotas bobinhas assim como eu), eu respondia, mas com certeza você apenas olhava, ignorava e isso fazia meu coração doer.
Eu sabia que você era um cafajeste, mas eu queria ter uma história com você, é eu também não entendo por que isso. A nossa “química” era forte o bastante para pensar em você o dia todo, e querer não desistir só por lembrar-se das suas covinhas quando abria aquele sorriso lindo, contudo, também havia o cansaço de sofrer, passar noites na solidão do escuro. Eu não queria desistir.
Eu devia ser fria, mas como aquelas dietas que nunca dão certo, eu dizia da próxima vez faço isso. E é claro que não faria. Como possível? Você me fazer sofrer tanto?
Eu ficava ouvindo a discussão entre meu coração e minha cabeça, coração “ah, para de ser fria, todo mundo merece uma segunda chance... Às vezes um amor verdadeiro nasce das cinzas’, cabeça “eu faço o favor de jogar essas cinzas fora com uma boa vassoura. Você não ver que não existe, mas nada entre eles? Olha o que ele fez com ela”, coração “e se ela estiver perdendo o amor da vida dela? Já viu aqueles filmes que o garoto se arrependeu e começa a tratá-la melhor”, cabeça “ele primeiro tem que se arrepender e depois fazer por merecê-la”, enquanto isso eu ficava pensando, mas e a vontade de abraçá-lo, beijá-lo e (tentar) fazer-lo feliz? E eu queria ser fria, mas eu tinha um coração. Eram assim todo segundo de minutos, todo minuto de hora, todas as horas, todos os dias, todas as vezes que eu pensava em você, desde quando te conheci.
Eu não chorava por falta e lágrimas, mas a vontade não faltava. Ainda não sei o que fazer.
Mil e umas lembranças se passaram na minha cabeça enquanto lia aquela carta, eu no meu quarto escuro apenas a luz do computador iluminando minhas lagrimas, e eu escrevendo essa carta, que fiz para mim mesma, há uns quatro meses atrás quando eu amava um idiota, Luís Felipe, Lupe, para os íntimos.
No final daquela carta eu dizia ainda não saber o que fazer, pois ele queria voltar comigo, mas eu sabia que ele não merecia nada do amor que eu tinha para dá, mas eu (iludida) o amava. Após quinze dias depois dessa carta, eu voltei a encontrar com o Lupe, ele estava bêbado ao ponto de me chamar de mãe, então cai na real e seguir em frente. Consegui organizar meus pensamentos, e calar meu coração e ouvir minha cabeça, dei um fim naquela historia e comecei uma nova, mas só eu, comigo mesma.
 As férias do meio do ano haviam acabado, e tudo iria voltar ao normal. O bom, é que eu teria minha rotina de volta, me distrairia, e também por que o Lupe, não estudava na minha escola, ele tinha 18 - ia fazer 19 daqui a dois meses e uma semana. Sempre gostei de garotos mais velhos.
Cheguei à escola - cedo demais pra variar-, pois eu gostava de ir pra biblioteca, escutar música, e ler, adorava ler e escrever, frases, músicas, pensamentos aleatórios, tudo. Chegando a biblioteca, na mesinha onde sempre ficava, havia uma garota, era tão familiar quanto ao all star que usava as pontas do cabelo pintado de azul, o esmalte verde-militar na metade da unha, e o fone roxo – que vivia no volume mais alto – sempre escutando System of a  Down.
- Isa! – gritei o nome da minha melhor amiga (irmã), tive que ir até sua frente para ela perceber minha presença.
- eu sabia que você ira vir para cá – veio me abraçar e ela falou isso enquanto revirava os olhos e tirava o fone, Isa não gostava de biblioteca e não entendia por que eu gostava de ler – chega, chega, só foram quinzes dias – havia acabado de lembrar, que ela não gostava de demonstrações de afeto em publico, mas eu sabia que no final, ela havia sentido a minha falta.

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