sábado, 11 de agosto de 2012

Eu aprendi acreditar no amor novamente


CAPITULO 12 


 

(Neto, o nosso amor e eu)




A mãe de Renato – Neto – me mostrou todas as fotos deles enquanto Neto e seu pai conversavam. Depois de um tempo Neto me chamou e fomos até seu quarto, no segundo andar. Seu quarto era azul com branco.
Entrei no quarto, prestei atenção em cada detalhe curiosamente.
- bom, estar arrumado não é? – eu disse e depois nos rimos. Ele me beijou e me girou e colocou suas mãos em minha barriga, e me abraçou de costas. Ele me levou até sua janela, tinha um lago no final do “jardim”.
- quer ir lá? – apontou para o lago. Respondi com a cabeça.
 Ele pegou  violão e fomos andando, pelo enorme jardim que parecia 15 campos de futebol, às vezes parávamos por que Neto se cansava.
- por que não me contou do seu nome?
- achei que não fosse tão importante assim.
- verdade, importante é o nosso amor. –havíamos chegado ao lago, perto era tão bonito quanto do quarto de Neto.
- entre – ele puxou uma canoa, eu entrei e ele me deu o violão empurrou o barco e pulou para dentro com a ajuda do remo. – gostou?

- amei – beijei-o com medo de cair do barco.
- você esta com medo – ele riu, já estava com saudades de suas covinhas – você não vai cair e se cair, eu te seguro. Sempre.
- eu também te seguro.
- que música quer que eu toque? Sou um péssimo cantor.
- se você herdou do seu tio-tataravô o talento, acho que não, escolhe uma, eu deixo. – ele riu do comentário.
- Ok, “Talking to the Moon”, mas você também tem que cantar.
- Ok. – ele começou os acordes.

- “I know you’re somewhere out there
somewhere far away…”
Quando terminamos a musica pensei “Neto canta tão bem”.

- Minha namorada é uma cantora. – eu rir da situação.
- mais uma? Legião agora?
- Mônica e Eduardo. – ele começou – “quem ira dizer que existe razão pra coisas feitas pelo coração”

- e quem era dizer que não existe razão?...”
Logo depois cantamos pais e filhos, é preciso amar, Sutilmente – Skank. Pra Você Guardei O Amor – Nando Reis e por fim De Janeiro á Janeiro. Passamos a tarde tocando – ele quer dizer – e cantando. Eu não podia negar, eu amava, havia me apaixonado por Neto, mesmo ele não querendo.
- vamos ficar aqui – estávamos voltando pelo “jardim” – não quero que você veja mais fotos minhas. – eu rir enquanto deitávamos no gramado. – estou falando serio – tentei segurar o riso, não consegui.
- desculpa amor, você é lindo desde pequeno.  – era final de tarde, e havia pôr-do-sol.
- Naquele tempo, por que agora, estou doente.
- eu me apaixonei pelo seu coração e não pela sua beleza.
- meu amor eu estou doente.
- mas você vai se recuperar não é? – ele continuou calado – não é? – repeti meu Deus, ele não estar respondendo.
- o médico disse – sua voz estava tremula, ele fez uma pausa, senti a lagrima escorrendo sobre a minha face – que as chances são muito, muito pequenas, e que eu deveria aproveitar meus últimos dias – nós caímos no choro, levantei, coloquei as mãos na cabeça, eu o fitei em meio às lágrimas, mas corri para abraçá-lo ainda ali no chão.
- não me deixe – sussurrei enquanto abraçava-o – por favor, eu te peço – percebi que ele também estava em lágrimas – eu preciso de você.
- é por isso que não queria que se apaixonasse por mim, eu pedi pra você – gritou, me soltou encarou-me.
- eu não consegui evitar, eu amo você, desculpa, não sabia que não podia – comecei a chorar novamente, me senti culpada por tudo aquilo – então por que se aproximou de mim?
- desculpa, não chora, eu ainda estou aqui, e não quero levar uma imagem sua assim. – tive a impressão de que havia se arrependido do que falou, pegou meu rosto, tão pequeno entre suas mãos e beijou minha testa – vem aqui, deixa eu te abraçar novamente – eu estava soluçando, ele cheirou meu cabelo, me deitei em seu peito, eu parecia uma criança, ele alinhou meu cabelo desengrinaldo. – shiii, não precisa disso, eu vou ser seu, longe ou perto, no escuro ou no claro, no alto ou no baixo, no frio ou no calor, na doença e na pobreza, até que a morte nos separe – ele sussurrou.
- eu quero uma coisa essa noite.
- te dou tudo.
- quero perder minha virgindade com você.
- não posso fazer isso – ele me levantou.
- você disse que me dar tudo – eu o fitei.
- menos isso, você é nova, menor de idade. – eu fiz uma carinha.
- pelo nosso amor, uma vez o Lupe pediu para eu perder com ele, mas eu disse “não, eu quero perder com o cara certo” depois disso brigamos e terminamos.
- hum, e até onde eu entendi, sou o cara certo?
- aham
- vão dizer que eu me aproveitei de você como das outras.
- já tirou virgindade de outras garotas?
- não, e por isso elas disseram que eu fiz isso, pra todo mundo e a escola me expulsou – agora a história de Isa, fazia sentido.
- mas eu prometo que não falo nada.
- Só pra Isa, por via das dúvidas – nos rimos – eu vou ali então. Enquanto você fica no meu quarto.
- aonde vai?
- surprise! Pro meu quarto, senhorita Mabi. – eu rir. Ele pegou seu violão, me abraçou e fomos rumo a casa.

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